Sarau de encerramento da Gincana da Poesia

No sábado 14 de março, em comemoração ao aniversário de Castro Alves, acontece o encerramento do projeto GINCANA DA POESIA com o Sarau Poético na Praça Dorival Caymmi, em Itapuã, das 15h às 17h. A entrada é franca e todos são bem-vindos para declamar.

Durante o Sarau será lançado o livro “Gincana da Poesia”, que homenageia os dois maiores poetas da Bahia, Castro Alves e Gregório de Mattos, com uma seleção de doze poemas de cada, além das obras vencedoras do Concurso de Poemas (nas categorias Geral e Estudantes), que teve mais de 2.300 poesias inscritas de todo o Brasil. O livro será distribuído gratuitamente durante o Sarau, e para ganhar um exemplar basta declamar uma poesia ao microfone.

Para quem mora em outras cidades, o livro pode ser lido online no site da Verlidelas Editora:

https://www.verlidelas.com/product-page/gincana-da-poesia

As poesias constantes do livro e também as que receberam Menção Honrosa no Concurso de Poemas serão transformadas em “Poesias Doces” (poesias impressas embalando balas doces), que decorarão as árvores da Praça Dorival Caymmi, como verdadeiros frutos poéticos para serem colhidos e degustados pelos participantes do Sarau. Serão distribuídas ao todo 500 “Poesias Doces” durante o evento.

Este Sarau encerra o bem-sucedido projeto Gincana da Poesia, que em 2019 incentivou a produção e a leitura de poesias em escolas da Prefeitura-Bairro Itapuã/Ipitanga através de atividades lúdicas.

GINCANA DA POESIA é um projeto contemplado pelo Edital Arte Todo Dia - Ano V, da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura de Salvador, realizado pela Cachorro Beato Produções com o apoio da Rede Bahia, da Verlidelas Editora, do Athelier PHNX, da Gold Comunicação Digital e da Suporte Informática.

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Categoria GERAL – MENÇÃO HONROSA

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SEM TÍTULO

Escrevo para  percorrer-me

Para socorrer-me em meus devaneios

Para medicar-me em minhas feridas

Para  salvar-me de meus abismos

Em cada palavra o antibiótico que sana

E que cura

Em cada verso

O medicamento certo

O fluído vital

O soro restaurador

Em cada poesia

O milagre da medicina

Da gramática e da ortografia

Em cada poema

O predicativo dos sentimentos

O adjunto da mente

Os tempos verbais da vida

Escrevo por muito AMAR!

Fabiano Silva Joia

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O ESPECTRO

Prendi meus dedos com amarras da autocensura,

por dias e dias reprimi as palavras tolas,

versos frouxos que me denunciam:

Profunda, intensa, insana, sem arreios.

Meus freios estão todos gastos,

roídos por ratos do passado que não me ofertaram

nada em troca dos nacos da minha alma

que levaram para suas tocas úmidas.

Soltei meus dedos mais uma vez,

e uma vez mais não me servem de nada,

a não ser para deflagrar a imagem puída e

vencida de sonhos que nunca vingam.

Haverei de seguir os ladrões às suas tocas,

para encontrar-me novamente?

Solto meus dedos das ataduras,

e as envolvo em meus olhos,

não preciso deles para sentir o que sei:

— O amor é uma luz!

[Há, porém, um espectro que o faz doer como diabos! ]

Lilly Araújo

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OUTONO

E morre lenta outra tarde infeliz!

Se estou vivo, já nem é por querer:

Não quero mais nada; só assisto

Infeliz a outra tarde a morrer.

A você abri todas as portas

(E, veja bem, foi você quem bateu)

Mas entrou só o fantasma sombrio

De outro amor que não aconteceu.

Seu beijo, de roubo não sofreu risco:

Cedo, o desejo engasgou-se em um nó

Atado por nossos gestos sem brio

E sem lume. Que tristeza! Que dó!

Ai, que nasce outra noite infeliz!

Se estou vivo, é assim, sem viver.

Solidão? Desencontro? Confesse:

Quem impediu esse amor de nascer?

Tantos sonhos enterrados em mim.

Quase, por você, algo renasceu...

Mas, não: sobrou só o molde vazio

De outro amor que não aconteceu.

Luis Alexandre de Oliveira

GINCANA DA POESIA é um projeto contemplado pelo Edital Arte Todo Dia - Ano V, da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura de Salvador, realizado pela Cachorro Beato Produções com o apoio da Rede Bahia, da Verlidelas Editora, do Athelier PHNX, da Gold Comunicação Digital e da Suporte Informática.

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VERDE VERSO

Verde verso

quero ver-te

de perto amarelecer.

Não nasça antes da hora,

te espero amadurecer.

Verde verso

quero ver-te maduro,

pronto, no futuro,

viçoso e suculento,

esperado e amado rebento,

luz do meu próprio ser.

Verde verso,

mais que ver-te,

quero sentir tua poesia,

como o vento que irrompe na calmaria

e sem palavras anuncia

que é tempo de renascer!

Nirah Pomar

GINCANA DA POESIA é um projeto contemplado pelo Edital Arte Todo Dia - Ano V, da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura de Salvador, realizado pela Cachorro Beato Produções com o apoio da Rede Bahia, da Verlidelas Editora, do Athelier PHNX, da Gold Comunicação Digital e da Suporte Informática.

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LIBERDADE DE CASTRO ALVES

Um pouco mais de sol, era poesia

Um pouco mais de luz, era seu grito

Para atingir seus ideais  soltos e livres

Belo jovem tinha na mente muito amor

Quase um amor, quase a chama de liberdade

E, traspassou dos saraus para o teatro com fé

Jovem que pintou os andares da sua ascensão

Construindo visões ditosas, foi um andarilho

Belo jovem de mil esperanças gentis

Com palavras de soltura para os negros

Belíssimo jovem com sua sedução

Em seu grosso livro de amor e liberdade

Em seus desenhos como poesias em perfeições

E, cismava em ser o poeta da liberdade

Breve vida, seus feitos viajam pelos ares

Sendo o poeta reverenciado no Mundo.

Varenka de Fátima Araújo

GINCANA DA POESIA é um projeto contemplado pelo Edital Arte Todo Dia - Ano V, da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura de Salvador, realizado pela Cachorro Beato Produções com o apoio da Rede Bahia, da Verlidelas Editora, do Athelier PHNX, da Gold Comunicação Digital e da Suporte Informática.

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ORFEU E EURÍDICE

Pelos climas do horror Orfeu vagava

Da extremosa Eurídice seguido,

Quando o amante infeliz, de amor vencido,

Volve os olhos à esposa, que adorava;

Vendo o triste que assim se lhe escapava

Por entre as mãos seu bem apetecido,

Neste apelo rompeu, d'alma nascido,

Tomando de um punhal, que em prantos lava:

"Ó Numes! pois que vossa impiedade

Lá na estância da luz, que o Sol abarca,

Junto dela viver me não consente,

Dai que ao menos da Dor na escuridade

(E nisto o ferro em próprio sangue encharca)

Possa a ela me unir eternamente!".

Daniel Fernandes da Silva

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Categoria GERAL – MENÇÃO HONROSA

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PRIMAVERA EM VILA VELHA

Ao findar da caminhada

pelos monumentos de arenito

lá estava ela

Aguardava-nos acolhedora

com seu tronco robusto de Angico

na saída de Vila Velha

Sua galhada frondosa

coberta de folhas e flores

adorno da primavera

Exalava um perfume suave

convidando-nos à sombra

deitamos na verde relva

Sorrimos e brincamos

saudamos o amor e a vida

como se tivéssemos dezesseis

Depois voltamos pra casa

deixando embaixo da árvore

o cansaço que a caminhada nos fez

Daniel Naufal

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Categoria GERAL – MENÇÃO HONROSA

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EPIFANIA DE LIBERDADE

Em que curto espaço

do infinito

encontramos a medida da saudade?

Qual o som íntimo,

tem o dom de calar o silêncio,

e rir de nossas lembranças?

Por quantas mãos meu toque há de passar,

do brilho condizente de confiança,

para que possamos sentir nossos medos,

juntos?

Quantos rios de lágrimas

sedentas por respostas, eis-nos de desbravar,

para que nos encontremos na esperança?

Por quanto tempo eu atravesso

meu futuro,

para que viva nosso presente?

Quais as falas interrompidas,

admiradas pela essência,

Formam esse poema?

Gabriela Rodrigues Ferreira da Silva

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Categoria GERAL – MENÇÃO HONROSA

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A TEMPESTADE

Não foram minhas as canções dos bardos,

Nem recebi nenhum dos convites dourados

De suas nobres festas.

Minha partida não causou vazio.

Meus passos não foram seguidos.

Ao vale dos esquecidos eu desci, sozinho.

Não fiz morada na história

E meu nome não é celebrado na glória.

Da derrota não participei.

Não foram minhas as lágrimas.

Nada foi meu deste reino, nada.

E no dia que parti, ciente de não fazer falta.

Não fiz, não fui lembrado. E os bardos cantavam

À gloriosa tristeza de um outro nome.

Thiago Felix

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Categoria GERAL – 1º LUGAR

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RENASCER

Ali, embaixo do arvoredo

Existe todo tipo de natureza

O medo do passado, acompanha

O sobressalto do presente, esparrama-se!

O mundo sussurra, carente

Os fatos, de fato, assombram

Apavoram quem da esperança

Desprende-se. Noite escura

Ergue-se sobre os famintos

Falidos de fé, a alegria

Parece longínqua, o abandono

Virou regente de uma orquestra sem músicos

Fecha-se a cortina, silêncio...

A alma quer repousar, reaprender a sonhar

Sim! Pois, a  cada manhã o sol renasce

E o amor, como a semente do novo, faz a vida florescer!

Silvia Coutinho

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Categoria GERAL – 2º LUGAR

Diagramação de poema do projeto GINCANA DA POESIA:

Categoria GERAL – 2º LUGAR

TERRA MARIA

O agricultor a semeou por amor

Desceu à terra Maria

Germinou, brotou, cresceu

Tomou sol e se fez luz

Tomou chuva e se fez água viva

Veio o vento, envergou-a, mas não a quebrou

Tuas verdes folhas deram sombra aos cansados

Teus frutos saciaram os famintos

E do teu tronco saíram ramos que se multiplicaram

A semente outrora descida à terra Maria

Hoje é videira eterna de paz

É ressurreição para cada coração convertido

É brilho e calor em cada noite escura e fria

É pão sobre a mesa da justiça

É sublime motivo de alegria

Fabiano Silva Joia

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Categoria GERAL – 3º LUGAR

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PRELÚDIO

Nascidos da mesma estrela,

Teus olhos brilham segredos e constelações.

Venha até mim,

Venha por mim!

Sons de flauta ecoam pela eternidade.

Me disseram que a vida é um rio

Mas, para onde vão os navios?

Existimos entre o fim e o começo.

No último som do ponteiro,

Abrem-se as janelas do peito!

Momento sublime em que te encontro,

Dançando no céu de Van Gogh.

Dynho Silva      

GINCANA DA POESIA é um projeto contemplado pelo Edital Arte Todo Dia - Ano V, da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura de Salvador, realizado pela Cachorro Beato Produções com o apoio da Rede Bahia, da Verlidelas Editora, do Athelier PHNX, da Gold Comunicação Digital e da Suporte Informática.

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O poema “PRELÚDIO”, de Dynho Silva, 3º Lugar na GINCANA DA POESIA, foi premiado em diversos outros certames e chegou a ser transformado em vídeo: 

https://youtu.be/Uiubo1OSDdo

Apoio: REDE BAHIA

Gratidão à REDE BAHIA pelo apoio ao projeto Gincana da Poesia!

***

O primeiro Sarau da GINCANA DA POESIA de 2020 acontece no domingo, dia 19 de janeiro, na Praça de Piatã (Avenida Octávio Mangabeira, Piatã, na área dos coqueiros defronte à escultura), a partir das 15h. A entrada é franca e todos são bem-vindos para declamar.

Durante o Sarau será divulgado o nome dos vencedores do disputado Concurso de Poemas – categoria GERAL, que teve mais de 2.300 poemas inscritos por poetas de todo o Brasil. Além dos três primeiros colocados, que receberão prêmios em livros e dinheiro, dezenas de poemas contemplados com a Menção Honrosa serão transformados em “Poesias Doces” (poesias impressas embalando balas doces), que decorarão as árvores da Praça de Piatã, como verdadeiros frutos poéticos para serem colhidos e degustados pelos frequentadores do parque. Serão distribuídas ao todo 500 “Poesias Doces” durante o evento.

A Gincana da Poesia prevê ainda a realização de um novo sarau em 9 de fevereiro, na Praça Dorival Caymmi (Itapuã), quando ocorrerá o encerramento do projeto, com o lançamento do livro “Gincana da Poesia”, que traz os poemas vencedores do Concurso e uma seleção das obras-primas de Castro Alves e Gregório de Mattos, os poetas homenageados.

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Sarau da GINCANA DA POESIA

O primeiro Sarau da GINCANA DA POESIA de 2020 acontece no domingo, dia 19 de janeiro, na Praça de Piatã (Avenida Octávio Mangabeira, Piatã, na área dos coqueiros defronte à escultura), a partir das 15h. A entrada é franca e todos são bem-vindos para declamar.

Durante o Sarau será divulgado o nome dos vencedores do disputado Concurso de Poemas – categoria GERAL, que teve mais de 2.300 poemas inscritos por poetas de todo o Brasil. Além dos três primeiros colocados, que receberão prêmios em livros e dinheiro, dezenas de poemas contemplados com a Menção Honrosa serão transformados em “Poesias Doces” (poesias impressas embalando balas doces), que decorarão as árvores da Praça de Piatã, como verdadeiros frutos poéticos para serem colhidos e degustados pelos frequentadores do parque. Serão distribuídas ao todo 500 “Poesias Doces” durante o evento.

A Gincana da Poesia prevê ainda a realização de um novo sarau em 9 de fevereiro, na Praça Dorival Caymmi (Itapuã), quando ocorrerá o encerramento do projeto, com o lançamento do livro “Gincana da Poesia”, que traz os poemas vencedores do Concurso e uma seleção das obras-primas de Castro Alves e Gregório de Mattos, os poetas homenageados.

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